sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Aumento da desigualdade social em Portugal

Ontem (21/02/2008), as desigualdades foram o tema da interpelação feita pelo Bloco de Esquerda (BE) ao Governo.

O BE acusou o primeiro-ministro, José Sócrates, de ter agravado “o fosso entre os ricos e os pobres” em três anos de governação.

Além do aumento do desemprego, “o país piorou porque os mais ricos têm hoje uma arrogância como nunca tiveram” diz Louça, apresentando como exemplo as indemnizações recebidas por cinco ex-administradores do BCP – 80 milhões de euros.
Esta quantia corresponde, nas contas do deputado e economista, a dez mil anos de salários de um português.



Carlos Farinha Rodrigues, investigador do Instituto Superior de Economia e Gestão, afirmou que “um dos principais motores de desigualdade em Portugal continua a ser a desigualdade salarial.”


Segundo o mesmo, que possui estudos publicados sobre a distribuição do rendimento, desigualdade e pobreza em Portugal, a desigualdade salarial deve-se principalmente à educação. Acrescentou que a solução passa “pela complementaridade de várias medidas”, no entanto para Portugal conseguir reduzir a pobreza e a desigualdade tem-se que apostar fortemente na educação.

Consoante com os dados do Instituto Nacional de Estatística, de Janeiro deste ano e com base no Inquérito de Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2006, existe uma acentuada desigualdade na distribuição dos rendimentos em Portugal. Esses mesmo referem o facto de o rendimento dos 20% da população com maior rendimento é 6,8 vezes maior que o rendimento dos 20% da população com menor rendimento.

O coeficiente de Gini, indicador de desigualdade na distribuição do rendimento que varia entre zero (quando todos os indivíduos têm igual rendimento) e 100 (quando todo o rendimento se concentra num único individuo, é de 38 pontos, sendo igual desde 2004. Mas encontra-se acima da média europeia, 31 pontos.






Fontes: "RTP" e "Diário de Notícias"

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